sexta-feira, 1 de julho de 2011

A Resposta, de Kathryn Stockett

Eugenia Skeeter Phelan terminou a faculdade e está ansiosa para tornar-se escritora. Após um emprego como colunista do jornal local, ela tem uma ideia brilhante, mas perigosa: escrever um livro em que empregadas domésticas negras relatam o seu relacionamento com patroas brancas do Mississipi na década de 60. Mesmo com receio de prováveis retaliações, ela consegue a ajuda de Aibeleen, a empregada doméstica que criou 17 crianças brancas, e Minny, que, por não levar desaforo para casa, já esteve por diversas vezes desempregada após bater boca com suas patroas. Uma história emocionante e estarrecedora onde a cor da pele das pessoas determina toda a sua vida.


Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 9788528614619
Ano: 2010
Páginas: 574

Comprei esse livro no meio das minhas férias, e li em mais ou menos 3 dias. Tudo bem que tava de férias, tinha tempo sobrando e tal, mas mesmo se não tivesse ia ter devorado o livro rapidinho também.

A história se passa na década de 60, no Mississipi, época e lugar difíceis para a convivência entre os negros e brancos. O livro é contado por 3 mulheres bem diferentes: Skeeter, branca, de família rica e recém-saída da faculdade; Aibellen, empregada negra de uma das melhores amigas de Skeeter, e Minny, também empregada e negra, estourada, que trabalha na casa da mãe de uma mulher muito influente na cidade e extremamente racista.

O tema do livro é bem original: sempre tem histórias da época de maior racismo nos EUA, filmes, mas acho que nenhum tinha abordado essas personagens: as empregadas domésticas. O que aparece bastante é que as patroas vêem as empregadas negras como um "mal necessário": enquanto "elogiam", dizendo que têm coisas que só elas sabem fazer, deixam os filhos serem praticamente criados por elas, constróem banheiros separados por "medo de pegar doenças exclusivas dos negros", como se ouvia naquela época. E muitas eram   maltratadas mesmo, até torturadas às vezes. E ai de quem reclamasse: era mandada embora e, com a propaganda negativa de boca em boca, nunca mais arrumava emprego.

É lógico que estou generalizando; o livro também mostra famílias que tratam as suas empregadas como da família, ajudam com os estudos dos filhos, problemas financeiros... Mas o ponto principal é o racismo, e o que algumas pessoas eram capazes de fazer só pra serem "aceitas" na sociedade.

E, assim como os negros, muitas personagens são discriminadas por outros motivos: a mocinha rica, alta e esquisita, que não consegue nunca arrumar namorado; a esposa de um ricaço recém-chegada na cidade, meiga e linda, mas totalmente espalhafatosa, que só quer fazer amigas na cidade e é colocada pra escanteio por não ser mais recatada...

Vale muito a pena! : )

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

A Resposta, de Kathryn Stockett

Postado por Xu às 13:14 1 comentários
Eugenia Skeeter Phelan terminou a faculdade e está ansiosa para tornar-se escritora. Após um emprego como colunista do jornal local, ela tem uma ideia brilhante, mas perigosa: escrever um livro em que empregadas domésticas negras relatam o seu relacionamento com patroas brancas do Mississipi na década de 60. Mesmo com receio de prováveis retaliações, ela consegue a ajuda de Aibeleen, a empregada doméstica que criou 17 crianças brancas, e Minny, que, por não levar desaforo para casa, já esteve por diversas vezes desempregada após bater boca com suas patroas. Uma história emocionante e estarrecedora onde a cor da pele das pessoas determina toda a sua vida.


Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 9788528614619
Ano: 2010
Páginas: 574

Comprei esse livro no meio das minhas férias, e li em mais ou menos 3 dias. Tudo bem que tava de férias, tinha tempo sobrando e tal, mas mesmo se não tivesse ia ter devorado o livro rapidinho também.

A história se passa na década de 60, no Mississipi, época e lugar difíceis para a convivência entre os negros e brancos. O livro é contado por 3 mulheres bem diferentes: Skeeter, branca, de família rica e recém-saída da faculdade; Aibellen, empregada negra de uma das melhores amigas de Skeeter, e Minny, também empregada e negra, estourada, que trabalha na casa da mãe de uma mulher muito influente na cidade e extremamente racista.

O tema do livro é bem original: sempre tem histórias da época de maior racismo nos EUA, filmes, mas acho que nenhum tinha abordado essas personagens: as empregadas domésticas. O que aparece bastante é que as patroas vêem as empregadas negras como um "mal necessário": enquanto "elogiam", dizendo que têm coisas que só elas sabem fazer, deixam os filhos serem praticamente criados por elas, constróem banheiros separados por "medo de pegar doenças exclusivas dos negros", como se ouvia naquela época. E muitas eram   maltratadas mesmo, até torturadas às vezes. E ai de quem reclamasse: era mandada embora e, com a propaganda negativa de boca em boca, nunca mais arrumava emprego.

É lógico que estou generalizando; o livro também mostra famílias que tratam as suas empregadas como da família, ajudam com os estudos dos filhos, problemas financeiros... Mas o ponto principal é o racismo, e o que algumas pessoas eram capazes de fazer só pra serem "aceitas" na sociedade.

E, assim como os negros, muitas personagens são discriminadas por outros motivos: a mocinha rica, alta e esquisita, que não consegue nunca arrumar namorado; a esposa de um ricaço recém-chegada na cidade, meiga e linda, mas totalmente espalhafatosa, que só quer fazer amigas na cidade e é colocada pra escanteio por não ser mais recatada...

Vale muito a pena! : )